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Lawrence G. Roberts (*1937)

Roberts demonstrou a viabilidade das redes informáticas de longa distância e mostrou que os circuitos de linha telefónica não eram os mais adequados para realizar as redes...

Um dos cientistas mais intimamente ligados ao desenvolvimento da primeira fase da Internet. Continua activo, chefe da Caspian Networks até 2004, hoje CEO da Anagran Inc.

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Anos seguidos este perito dirigiu a equipa de engenheiros que criaram a ARPANet. Em 1966, Robert Taylor assumiu a direcção do Information Processing Techniques Office (IPTO) da ARPA, o antigo cargo de J.C.R Licklider.

Construindo sobre o legado de Licklider, Taylor decidiu que a ARPA deveria ligar os computadores que estavam ao serviço das várias instituições, para partilhar recursos e resultados através da rede, como Licklider tinha previsto.

Após obter aprovação para este plano, Taylor começou a procurar quem gerisse o projecto. A sua escolha recaiu sobre um jovem cientista de computação chamado Larry Roberts.

Roberts era um homem tímido, bem respeitado no seu campo de investigação. Eram-lhe reconhecidas excelentes habilidades na gestão de projectos e grande dedicação ao seu trabalho. Trabalhava então em ambientes gráficos no MIT.

Roberts já tinha experiência com computação em rede. Em 1965, um psicólogo chamado Tom Marill, que havia estudado com Licklider e havia sido influenciado pelo seu interesse em computadores, contactou a ARPA e propôs-lhes uma experiência: ligar o computador TX2 do Laboratório Lincoln ao computador SDC Q-32 em Santa Mónica.

ARPANet

As qualidades de Roberts, a experiência em redes computacionais (algo raro nessa altura), fizeram dele o candidato ideal para o projecto da rede da ARPA.

Posto sob pressão, Roberts aceitou o repto. Tinha 29 anos quando se tronou o arquitecto-mor do projecto percursor da Internet. Em 1967, numa reunião dos principais investigadores da ARPA, discutiu-se o novo projecto de rede computacional.

Roberts expôs que queria ligar todos os computadores da ARPA através de linhas telefónicas. As funções para a conexão com a rede seriam desempenhadas pelos computadores em cada ponta da linha.

A ideia não foi bem recebida. Muitos previram dificuldades na comunicação entre as máquinas, equipadas com sistemas operativos e linguagens diferentes. A recepção ao projecto de Roberts foi fria.

Depois do encontro, Roberts falou com Clark e sugeriu-lhe que empregasse computadores de ligação – gate­ways – para administrar as comunicações e que deixasse os outros computadores em paz. Todos esses computadores falariam a mesma linguagem, facilitando a comunicação.

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Cada computador só teria de adaptar a sua linguagem para falar com o gateway que lhe seria atribuído, e assim comunicaria com os outros computadores na rede. Roberts adoptou a ideia de Clark. Chamou aos gateways Interface Message Processors (IMPs).

Roberts decidiu que a rede deveria começar com quatro nós: na UCLA, no Stanford Research Institute (SRI), na University of Utah, e na UC de Santa Barbara. A partir deste núcleo, a rede poderia crescer, integrando mais nós.

O SRI foi escolhido como um dos primeiros nós, porque Douglas Engelbart trabalhava lá. Este homem era um conhecido de Bob Taylor que havia patrocinado uma invenção sua - o primeiro rato para computador.

Em meados de 1968, Roberts pediu que lhe fossem feitas ofertas para a construção dos IMPs a 140 companhias. Em Dezembro já havia uma escolha: Bolt Beranek e Newman, ambos conhecidos de Licklider. Devido ao desenvolvimento da teoria do packet swit­ching pelo perito Kleinrock e consequente análise, design e medições, o Network Measurement Center (na UCLA) foi escolhido para ser o primeiro nó na rede ARPANet.

Em 1969, quando a BBN instalou o primeiro IMP na UCLA, o primeiro computador anfitrião (host) foi ligado. O projecto de Douglas Englebart (que incluía o NLS, um sistema de hipertexto) no Stanford Research Institute (SRI) providenciou o segundo nó.

O SRI suportava o Network Information Center (NIC), e incluía funções como manter as tabelas que relacionavam os nomes dos hosts com o mapa de endereços, bem como uma directoria com RFC.

Assim que o SRI foi ligado à ARPANet, a primeira mensagem de computador para computador foi enviada do laboratório de Kleinrock para o SRI. Mais dois nós foram acrescentados: na UC de Santa Barbara e na Universidade de Utah.

Estes dois nós incorporavam projectos de aplicações para visualização nas quais Glen Culler e Burton Fried trabalhavam. Também Robert Taylor e Ivan Sutherland da Universidade de Utah investigavam métodos para representações tridimensionais.

No final de 1969, quatro hosts estavam conectados pela ARPANet.

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