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Charles Babbage (1791-1871)

Avô do computador

bab

As máquinas de cálculo do brilhante matemático inglês Charles Babbage fazem parte da Pré-História da computação. O seu Engenho Diferencial Nr.1 foi o primeiro calculador automático funcional e um dos melhores exemplos de engenharia de precisão do seu tempo.

Charles Babbage nasceu em Londres em 1791. O seu pai, Benjamin Babbage, foi o instrutor de álgebra do pequeno Babbage; tarefa fácil, pois ele próprio era um apaixonado desta disciplina.

Após entrar no Trinity College em 1811, Babbage constatou que estava bastante adiantado em relação aos próprios professores. Babbage foi um dos fundadores da Analytical Society, que promoveu e reformulou a Matemática de Newton.

Continuou a sua carreira como docente universitário. Até aos trinta anos de idade, trabalhou como matemático, principalmente com o cálculo de funções. Por volta de 1820 interessou-se pelas máquinas de cálculo – este interesse transformou-se na paixão da sua vida.

Em 1821 inventou a Máquina Diferencial para compilação de tabelas matemáticas. Concebeu depois a ideia de uma máquina que não realizasse apenas uma específica tarefa matemática, mas qualquer tipo de cálculo. Esta chamar-se-ia Engenho Analítico – um manipulador generalista de símbolos, que continha algumas das características-chave dos computadores de hoje.

Infelizmente pouco resta destes protótipos de Babbage. A exactidão que as suas máquinas requeriam, excedia largamente o nível de tecnologia existente na altura.

Apesar do trabalho de Babbage ser formalmente reconhecido por respeitáveis instituições científicas, o governo britânico suspendeu os fundos para o seu Engenho Diferencial em 1832 e abortou o projecto dez anos depois.

Iria demorar mais de 50 anos e uma dissecação ao seu cérebro de pensador profundo para que as suas ideias se transformassem em algo que não fosse ficção cientifica. Só existem fragmentos do protótipo do Engenho Diferencial, e, apesar de ter dedicado muito tempo e a sua fortuna após 1856 à construção do Engenho Analítico, não logrou completar nenhum dos projectos.

George Scheutz construiu em 1854 uma máquina baseada nos desenhos da Máquina Diferencial de Babbage. Esta máquina imprimia tabelas matemáticas e astronómicas com uma exactidão sem precedentes; foi usada pelos governos dos EUA e da Inglaterra.

Apesar do trabalho de Babbage ser continua­do pelo seu filho, Henry Babbage, após a sua morte em 1871, o Engenho Analítico nunca conheceu o sucesso, desempenhava apenas alguns programas e produzia erros embaraçosos. Quando morreu, a Royal Society não imprimiu nenhum obituário e o jornal The Times ridicularizou-o.

A Máquina Diferencial (Difference Engine) para cálculos com polinómios

Em meados do século XIX, na segunda fase da Revolução Industrial, estavam em progresso muitas tentativas de automação de processos, com destaque para aqueles envolvendo cálculos para a composição de tabelas trigonométricas e de logaritmos — quer para o emprego na Navegação, na Pesquisa científica ou na Engenharia.

Algumas pessoas tentavam conceber máquinas que executassem este tipo de cálculo, tendo sido construídos vários modelos.

A máquina mais avançada jamais entrou em produção: a chamada Máquina Diferencial de Babbage. Um modelo foi apresentado por Babbage, na Inglaterra, em 1822, capaz de resolver equações polinômicas através de diferenças entre números, e assim, de efectuar os cálculos necessários para construir tabelas de logaritmos.

A máquina tinha a capacidade de receber dados, processá-los, armazená-los e exibi-los. Graças a ela Babbage ficou conhecido como o pai do computador e conseguiu apoio governamental para criar um modelo mais complexo, o Engenho Analítico.

Devido a problemas de engenharia e a conflitos pessoais e políticos de Babbage, o projecto do Engenho Analítico jamais foi concluído.

Em 1991, o Science Museum em Londres construiu a Máquina Diferencial de Babbage n° 2 para uma exposição sobre a História da Computação.

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