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Fotocomposição (1950...)(phototypesetting, inglês; Lichtsatz, alemão). Fotocomposição é a composição tipográfica feita por projecção de caracteres sobre papel (ou película de filme) fotossensível.Esta tecnologia foi introduzida em 1944, mas só se impos nos primeiros anos do decénio de 1950. As duas primeiras fotocompositoras foram o aparelho francês Photon e o Fotosetter da empresa Intertype.
Para as máquinas fotocompositoras mais evoluídas, os typeface masters eram uma película transparente. Uma luz focada projectava uma imagem destes glifos sobre papel fotográfico. Um sistema óptico ajustava o tamanho, escalando a fonte ao corpo pretendido. Se bem que a tecnologia da fotocomposição já tivesse sido introduzida em 1944, só nos primeiros anos do decénio de 1950 é que se impôs. Para estas máquinas, os typeface masters já não eram peças de metal, eram filmes, películas transparentes. Com luz devidamente focada, era projectada uma imagem dos glifos dispostos nesses masters ("font disc") sobre um papel fotográfico. Em poucos anos, a fotocomposição fez desaparecer as máquinas de composição (Linotype, Monotype, Intertype). Cold TypeA fotocomposição foi designada «composição a frio» (Cold Type), por oposição à linotipia, chamada «composição a quente» (Hot Type). Louis Marius Moyroud e Rene Alphonse Higonnet foram os primeiros a desenvolver uma máquina de fotocomposição funcional. Antes da difusão e popularização de fontes através da sua digitalização, veio a etapa da fotocomposição. Para esta tecnologia, Adrian Frutiger foi um especialista de «transição», acelerando a passagem dos desenhos do caractére de metal para os suportes fotográficos. A fonte Univers aponta para o momento da bifurcação das tecnologias, pois foi desenhada por Adrian Frutiger em paralelo para dois suportes: para a composição com tipos de metal (Hot Type) e para a fotocomposição (Cold Type). O primeiro tipo digital foi a fonte Marconi de Hermann Zapf. Assim como a fonte Demos (1975) de Gerard Unger, que também foi um dos digital typefaces pioneiros, a Marconi era construída com, ou melhor: preenchida por pixels era um bitmap font.
A fotocompositora Digiset
A fotocompositora Digiset, construída na Alemanha pela empresa alemã Dr.-Ing. Rudolf Hell GmbH, foi introduzida sob esta designação e nos EUA, pela RCA com a denominação de Videocomp 70/820. Permitiu um avanço significativo no controle da composição por meio de computador. A Digiset podia ser comandada directamente por computador e indirectamente através de fita perfurada, ou fita magnética. Em colaboração com a Simens AG, a Hell preparou um computador especial denominado Hellcom, cujo software servia as exigências da fotocompositora, podendo ainda resolver tarefas de gestão. O computador Hellcom e a fotocompositora Digiset formavam um conjunto de elevado grau de automatização e de grande capacidade produtiva. A velocidade da fotocomposição atingia os 1 200 000 caracteres por hora quando a fotocompositora era comandada por fita perfurada e 2 , 3 e 4 milhões de caracteres/hora quando comandada directamente por um computador. No Digiset, o aparelho fotocompositor da Dr.-Ing. Rudolf Hell GmbH, os glifos eram «impressos» em película foto-sensitiva (ou papel fotográfico) por raios catódicos, formando pixels com fraca resolução. Depois de revelação do papel ou da película, seguiam-se as operações de montagem e de transporte para a chapa de impressão (geralmente offset). Este photosetting era em 1975 uma tecnologia ainda embrional e pouco precisa; assim, os glifos da Demos foram concebidos para resistirem à deformação dos seus cantos durante o processo fotográfico. Em 1976, a Dr.-Ing. Rudolf Hell GmbH passou a usar o software Ikarus, concebido em 1974 por Peter Karow, da URW. A aplicação Ikarus já «sabia» desenhar o outline dos glifos; este excelente software foi a base da digitalização e vectorização das primeiras fontes digitais sofisticadas. O programa Ikarus foi um instrumento decisivo para implementar a edição de fontes no computador.
Foi uma mudança tecnológica radical. Em menos de 20 anos, a fotocomposição fez desaparecer quase todos os tipos de metal. Para salvarem o seu futuro, os compositores manuais e os operadores de Linotypes e Monotypes começaram a aprender a operar os pho totypesetters, os aparelhos fotocompositores. |
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CompugraphicA empresa Compugraphic produziu phototypesetting machines nos anos 1970 - aparelhos que baixaram os custos da "composição a luz". Numerosas PMEs começaram a adquirir estes aparelhos. Um destes modelos, o Compugraphic Compuwriter, usava um plelícula de film enrolada sobre um tambor que rodava a várias centenas de rpm. O "filmstrip" continha duas fontes (Roman e Bold ou Roman e Italic). Para obter vários tamanhos, este typesetter usva uma lente de aumento para duplicar o corpo da fonte. O modelo CompuWriter II já automatizava o comando da lente. Outros produtores de photo compositing machines eram, nessa época, a Alphatype, a Varityper e a Mergenthaler. DTPHoje, a fotocomposição está praticamente extinta, devido ao Desktop Publishing (entre nós erroneamente chamado «edição electrónica»). LinksMuito interessante e detalhado: The History of Prepress www.prepressure.com/library/prepress-history Temas relacionadosOs conflictos sociais na Tipografia BibliografiaHeitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006. |
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