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Adrian Frutiger (1928- )

Adrian Frutiger

Nos últimos 55 anos, Adrian Frutiger tem vindo a desenvolver e aperfeiçoar sistemas de letras e de signos para todas as aplicações típicas do nosso universo visual: papel impresso e sinalética, ecrã e display. Algumas das fontes de AF são hoje verdadeiros «clássicos» do século XX: a Univers, a Frutiger, a Vectora, a Glipha, etc. Adrian Frutiger até desenvolveu duas fontes para culturas asiáticas.

Para aprofundar os sistemas que desenvolvia, Frutiger estudou as raízes da comunicação humana; o que descobriu sobre a evolução histórica das letras, signos e símbolos, publicou-o no seu livro mais conhecido, O Homem e os seus Signos.

Adrian Frutiger dominou virtuosismente todos os estilos de letra, escrita ou reproduzida tipograficamente; basta ver a qualidade e a diversidade dos seus tipos. Entre os seus colegas, Adrian Frutiger vale como o último membro de uma geração de grandes tipógrafos do século XX, uma galeria de mestres famosos como J.Tschichold, F.W. Goudy, Eric Gill, Stanley Morison, etc.

Adrian Frutiger é representante de uma espécie rara: os génios tipográficos universais. Frutiger é também o expoente máximo da tipografia dita moderna, mais precisamente, da tipografia suíça do pós-guerra, aquela tipografia que conseguiu pôr em prática a visionária proposta dos adeptos da neue typographie: a letra universal, apropriada para todos os fins, em todos os sítios e para todas as culturas.

O desenhador de fontes Frutiger estava bem consciente de que o valor da sua obra tipográfica se devia a uma feliz simbiose de sentido estético e de knowhow tecnológico, quando afirmou: «O grande veio de sorte da minha vida foi ter sido dotado tanto com um sentido artístico para as formas como com uma boa apreensão dos processos técnicos e matemáticos.»

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Frutiger nasceu em 1928, fez uma aprendizagem como compositor tipográfico e estudou na famo­sa Escola de Artes e Ofícios de Zurique. Com esta sólida formação e impregnado de uma típica sobriedade helvética, foi para França. Em 1952, o então jovem de 24 anos mudou-se para Paris. A estática Suíça tinha-se tornado demasiado estreita para ele.

A Deberny & Peignot, a fundição francesa mais importante da época, chamou-o a Paris. Como director artístico da Deberny & Peignot, em breve seria conhecido pela fina-flor dos profissionais gráficos da época.

No ano de 1962, Adrian Frutiger juntou-se ao colega Bruno Pfäffli para dirigir um atelier gráfico próximo de Paris, e a partir de 1990, próximo de Berna. A partir de 1968, Frutiger foi consultor da fundição alemã D. Stempel AG (depois Linotype), empresa para a qual desenvolveu fontes como a Iridium, a Frutiger, a Glypha, a Icone, a Versailles, a Breughel e a Linotype Centennial.

Depois da quase falência e posterior aquisição da Fundição D. Stempel AG pela Linotype/Hell AG, Adrian Frutiger continuou vinculado à empresa com sede perto de Frankfurt am Main.

Adrian Frutiger

Hoje, a Linotype GmbH (www.linotype.com) comercializa a totalidade das fontes de Frutiger; em 2000, relançou a fonte Frutiger.

Além das fontes que continuam em uso por todo o mundo, Frutiger desenvolveu corporate typefaces por encomenda e também criou a imagem institucional de várias empresas de renome, entre elas, a BP e a Gaz de France.

Para o Metropolitano de Paris e para o Aeroporto de Orly desenhou sistemas sinaléticos; para o Aeroporto Charles de Gaulle, a totalidade do sistema de comunicação.

Adrian Frutiger, hoje retirado da vida pública, devotou-se também à escultura e ao desenho artístico. Nos últimos anos, o tímido suíço tem sido alvo de numerosas homenagens. •

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Fontes

A fonte Univers e a fonte Frutiger

A sua letra OCR-B, standard para cartões de crédito e similares, é lida por seres humanos e sistemas automáticos de Optical Character Recognition. Para a empresa IBM adap­tou fontes para máquinas de escrever e para aparelhos de fotocomposição.

Bibliografia

Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.

Página actualizada em 2014

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