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Gerard Unger

Gerard Unger (Arnhem, 1942- ). Typeface designer, membro da fina-flor dos tipógrafos holandeses contemporâneos. Os holandeses vêem as letras de Unger todos os dias; pois ele desenhou a letra da sinalética das autoestradas holandesas e a do metropolitano de Amsterdão.

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Gerard Unger nasceu em Amsterdão, na Holanda, em 1942. Estudou design gráfico e design tipográfico de 1963 a 67 na Gerrit Rietveld Academy (Amsterdão) onde lecciona há mais de três décadas.

Desde então alia a sua produção académica com uma actuação profissional no campo da tipografia e em projetos de sinalética.

Como professor visitante, orienta monografias no tradicional departamento de Tipografia e Comunicação Gráfica da Universidade de Reading, Inglaterra, e desde Setembro de 2006 é professor de Tipografia na Universidade de Leiden, na Holanda.

Gerard Unger leccionou também na Rhode Island School of Design, Providence, E.U.A. Unger é freelance designer desde 1975. Desenhou artigos tão vários como selos de correio, moedas, magazines, jornais, livros, logotipos, identidade corporativa e relatórios de contas.

Além de ser o responsável pela formação e orientação de toda uma geração de tipógrafos, trabalha como freelancer desde 1975, tendo desenvolvido inúmeros projectos, como selos, moedas, revistas, jornais, livros, logotipos, fontes digitais, identidades corporativas e relatórios anuais, entre outros.

Publica regularmente artigos científicos na imprensa internacional procurando sempre relacionar seus conhecimentos no segmentado âmbito da Tipografia com perspectivas culturais múltiplas. Participou do desenvolvimento de alguns projetos filatélicos para a Dutch PTT.

Gerard Unger estudou graphic design, tipografia e typeface design de 1963 até 1967 na Academia Gerrit Rietveld em Amsterdam. Presentemente é docente na University of Reading, UK, Departmento de Typography and Graphic Communication, e docente part-time na Academia Gerrit Rietveld.

Gerard Unger é (com 65 anos) uma das maiores referências mundiais no desenho tipográfico. Rivalizado reputação só por Mathew Carter (como fez questão de mencionar).

Um designer com um sentido de humor extremamente apurado e com uma vertente pedagógica e comercial bem delineada. Unger ficou famoso em 1988: Ganhou o prémio Gravisie pela concepção da fonte Swift, e em 1991 recebeu o prémio internacional Maurits Enschedé por todos os seus designs de tipos.

Em 1975 Unger utilizava o método de desenho em grelha muito à semelhança do que ainda se passa hoje na optimização do processo de hinting de tipos. Esta posição de Unger serve para reforçar uma ideia que defende: o desenho não depende da tecnologia empregue (seja esta digital ou manual).

Na altura, o conceito de desenho por computador era totalmente desconhecido (o Macintosh só apareceu em 1984, o Fontographer em 85, o Photoshop em 88…), ou seja, ainda estávamos a cerca de 10 anos de distância da realidade actual. Na altura o processo consistia em pegar numa caneta de feltro, aparo ou outro marcador de tinta branca e preta e desenhar.

Depois submeter os desenhos a uma minifying glass (por oposição a magnifying glass, lupa) para respectivo escrutínio.

No início da sua actividade desenvolveu um tipo cru, mas muito interessante na sua intenção. O verdadeiro Wolkswagen da tipografia destinado a ser usado por todos e para todos. Apesar de ter sido criticado e, de uma forma geral, não ter sido bem aceite, mais tarde o governo alemão contactou-o com a intenção de desenvolver uma identidade nacional com base no seu tipo.

Levou um Verão inteiro a digitalizar, mas parece que afinal sempre veio a ter o seu Wolkswagen - Swift e Swift 2.0, 1985, 1995 Palavras para quê?

Sem forma de saber se os desenhos funcionavam numa impressão real, decidiu comprar espaço de publicidade no próprio jornal, com cercadura e um grande cabeçalho onde se lia “Isto é um teste tipográfico!”

Acerca da Swift, afirma “There is no harder edged art than Typography!” comparando com alguns desenhos sendo um de Ellsworth Kelly (parecido com este). It takes time for people to get attached to things. It happened to Swift… more or less 3 years.

Os desenvolvimentos no processo editorial dos jornais requeria um tratamento tipográfico melhor, diferente e especial. A fonte Coranto surgiu para tirar vantagem disto.

Annual Report para o criador do Big Brother. Dutch Film Fonds Reinventando a Caligrafia? Reinventando a caligrafia como um ideal por trás do Design Tipográfico. Há muitos instrumentos disponíveis e técnicas de desenho, mas a verdade é que todos eles têm um elo comum - o desenho estrutural (inline - em nota pessoal, não será o método modular de Blokland uma abordagem mais estruturada?).

Ainda acerca da linha interior estrutural, Unger começa a experimentar com o movimento lateral da estrutura. Assim nasce a Flora. Flora, 1984 Breve passagem pela Fuse… Beowolf, 1990 No tempo em que tudo parecia ter um corte/desenho perfeito, que o computador permitia, os criadores da Letterror (Just van Rossum e Erik van Blokland) apresentam Beowolf, 1990. Esta surge como uma afirmação de contemporaneidade pós-modernista de Design e tentativa de interpretação das teorias pós-estruturalistas de Rolland Barthes e Derrida (nas palavras de Gerard Unger). Keedy Sans, 1989 No seguimento das ideias de irregularidade de um meio perfeito, mostra o trabalho de Jeffrey Keedy. Uma abordagem muito “copy-paste”. Rudy Vanderlans no “roster”… ao qual se queixou directamente: “Rudy, gosto muito de ler os teus textos, mas são impossíveis de ler até ao fim”.

Unger nunca seguiu esta filosofia de desconstrução e de linguagem vernacular (como a de Barry Deck). Muito mais inclinado para o processo de comunicação em massa e para a normalização.

No entanto, o resultado de Deck - Arbitrary Sans, é extremamente legível… O que é que este design tem que funciona como texto, como comunicação de massas? Como é que funciona? Definitivamente chamou a atenção de Unger. (Se na altura chamou a atenção de Unger, hoje é impossível o trabalho de Deck passar despercebido. Uma palavra, ou melhor, apenas uma pista… Coca-cola…) David Carson, utiliza a fonte Zapf Dingbats para paginar uma entrevista inteira na Ray Gun… (Por falar em Carson,… entrevista recente “com” Debbie Milman) Segundo Carson, o texto original não era muito interessante de ler de qualquer forma. Story goes he got fired after pulling this stunt, but it’s not true. The editors loved it and he kept on doing that approach Mestrado em Tipografia em Haia do qual destacou algumas presenças recentes entre as quais Andreu Balius ao revisitar tipos Nacionais Espanhóis (ver o relatório da ATypI Lisboa 2006). Documenta de Kassel Sinalética a ser desenvolvida por um grupo de Designers Alemães - Fünf (alguém conhece? Mandem o link s.f.f.). Podemos esperar por este resultado com grande expectativas. A nova geração de (Type) Designers no norte da Europa, especialmente na Alemanha andam a produzir resultados muito interessantes. Capitulares de Cresci, Capitolium, 1998 e Capitolium News, 2006 A lot more commercial than Swift Originalmente desenhada como um tipo para um sistema de sinalética e orientação para a cidade de Roma (porque será que forma pedir a um holandês para desenhar um tipo clássico de Roma?… Unger ainda não percebeu muito bem…). Este trabalho foi concretizado nuns espantosos 5 meses! No entanto, sem saber muito bem, nunca chegou a ver as aplicações do tipo em acção. Acerca do desenho de Capitolium, remete-nos para Cresci, autor renascentista Giovan Francesco Cresci: “Cresci diz que as melhores letras romanas encontram-se na base da coluna de Trajano”. Podemos observar reminiscências das letras de Cresci no desenho de Capitolium. No entanto, as necessidades actuais são muito mais exigentes do que na altura de Cresci: aumentar e diminuir os corpos, o tipo de papéis, a quantidade e qualidade das tintas, a tiragem, a natureza das publicações, etc… Apresenta alguns exemplos da Capitolium em uso actualmente (depois da cidade de Roma ter perdido os direitos exclusivos à fonte, Unger revisitou e rebaptizou-a como Capitolium News, uma Newsface) como o Polietiken (Jornal Dinamarquês) e outro jornal Holandês (?). Por vezes (como no vídeo) temos que ceder algumas decisões em prol do cliente para o agradar, em detrimento de opções técnico-estéticas mais eficientes… não sabe porque que é que os clientes têm que ter uma opinião na matéria… (piada original). No final abordei Unger com duas questões. Sendo a segunda após a conferência, a primeira, em público (tenho mesmo que perder este vício…), se considerava que o seu trabalho - Swift 2.0 - representava de alguma forma o Design Tipográfico Holandês. Respondeu afirmativamente e sem falsas modéstias, mas remeteu para a parte da conferência em que explicou que ao contrário do Design de uma forma geral, o Design Tipográfico é sintomático do tempo que habita. Isto é, demora menos tempo a adaptar-se a a criar soluções novas, sintonizadas com a própria sociedade… não sei se concordo muito com esta opinião, gostava de ver mais sobre isto. Alguém quer mandar-me um resumo ou oferecer-me umreaderdo Jan Middendorp? Em privado no final da conferência perguntei-lhe qual a posição em relação ao manifesto de Ellen Lupton. Bom… a resposta comparou-se à reacção dos representantes da Adobe em Lisboa. Embora o tenha afirmado com a máxima honestidade possível, como declarou, considera que “a senhora Lupton anda com a cabeça nas nuvens!”

Entre bajulações, risos amarelos, outros honestos e sentidos saí despedindo-me com a promessa de um contacto no futuro, mas com um sentimento misto… O que é que este Designer sabe (e que me explicou de forma tão clara) sobre o valor (económico e psicológico) dos objectos (tipográficos) que eu ainda não percebi… e se ele tem razão, porque é que anda tanta gente a trabalhar em projectos de livre acesso à informação/educação?…

Fontes

Em 1976 desenhou as suas primeiras fontes digitais - Demos e Praxis - que foram comercializadas pela empresa de Rudolf Hell em Kiel. Em 1984 recebeu o prémio H.N. Werkman pelo seu desempenho no mundo tipográfico, em particular no desenho de fontes digitais, e pelo modo como reconciliou a tecnologia do computador com a cultura tipográfica.

Em 1988 ganhou o Prémio Gravisie pelo conceito da sua fonte Swift, e em 1991 foi distinguido com o Prémio internacional Maurits Enschedé.

Publicista e ensaísta: Unger escreveu em ’89 e ’90 a coluna ‘The Letter’ sobre tópicos tiopográficos, para o jornal diário Trouw.

Unger recebeu diversos prémios internacionais pelo conjunto de sua obra tipográfica, assim como teve seu projeto Swift agraciado em 1988 pelo prémio Gravisie (Holanda). É autor das fontes Amerigo, Demos, Hollander, Oranda, Paradox, Argo, Flora e Praxis.

A Demos (1975) foi uma das primeiras ‘digital typefaces’. Na Digiset, uma máquina de composição manufacturada pela empresa de Rudolf Hell, os glifos eram ‘desenhados’ pelos raios de um tubo catódico e formados por pixels de fraca resolução.

O chamado Photosetting era ainda uma tecnologia pouco refinada — assim, a Demos foi concebida para resistirem à deformação dos cantos durante o processo fotográfico, que era tosco. Em 2001, a Demos foi re-digitalizada e também mais refinada, passando a ser usada pelos serviços governamentais alemães.

O primeiro typeface totalmente digital foi a fonte Marconi de Hermann Zapf.

Assim como a Demos, era construída por pixels, não por curvas outline. A fonte Hollander (originalmente chamada Columbus) foi concebida em 1979 e terminada em 1986; a produção efectuou-se em estreita colaboração com o Departamento de Tipografia da empresa Dr. Hell.

A Hollander está baseada na Romana de Christoffel van Dijck, desenhada entre 1647-1665.

Os mais conhecidos typefaces de Unger são: Swift (1985), Amerigo (1986), Flora (1984). O seu ‘newspaper face’ Gulliver (1993) é usado diáriamente para compôr o jornal USA Today e outros periódicos europeus.

Swift (1985) has proved its worth in corporate identities, magazines and newspapers and occasionally in books -
Swift (1985)

A maioria dos typefaces de Unger são fontes para texto, robustas e sóbrias, “tipicamente holandesas”. Combinam bem em certos pares, pois Unger desenhou famílas de tipos sem-serifas para complementar famílias serifadas (Oranda com a Amerigo, por exemplo; ou a Praxis com a Demos).

Gerard Unger desenhou as fontes Capitolium e Vesta para serem usadas na sinalética de Roma no Ano Jubilar de 2000.

Publicações
Gerard Unger `Beelden van Letters´
Gerard Unger `Beelden van Letters´ 2005 Catapult, Antwerpen

Escreveu vários artigos e publicações mais extensas, como Landscape with Letters (1989), ligando a apreciação do mundo tipográfico a uma análise cultural mais abrangente. Em 1995, o seu livro Terwijl je leest — About the reading process — apareceu em holandês. A tradução alemã surge em 2003, a edição inglesa está em preparação.

Links

O web-site de Gerard Unger não só é um excelente mostruário e loja online das suas fontes, como está carregado com informação útil e proveitosa: www.gerardunger.com/

Página actualizada em 08.07.2007

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