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Linotype (Ottmar Mergenthaler, 1884)

Linotipia, typesetting

A máquina de composição de tipos de chumbo que teve o maior sucesso foi a do emigrante alemão Ottmar Mergenthaler, inventada no ano de 1884, em Baltimore, nos EUA.

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Com uma máquina de composição da marca Linotype, equipada com chumbo em ponto líquido, era possível compor uma linha inteira de texto; esta linha, assim que batida no teclado da máquina, era logo fundida.

Com esta mecanização, a produtividade do processo de composição aumentou: um operador de Linotype podia compor o equivalente à produção de 7 ou 8 compositores manuais.
A Linotype dava melhor performance no quick printing, na acelerada composição de jornais; a linkMonotype, outra máquina de sucesso, era mais adequada para a composição de livros.

A máquina de composição que teve o maior sucesso foi a do emigrante alemão Ottmar Mergenthaler, inventada no ano de 1884, em Baltimore, nos EUA. Quando Mergenthaler analisou o resultado de um dos primeiros testes da sua Satzmaschine exclamou entusiasmado:

«A line of type!»

Isto sucedeu em 1886 na sala de máquinas do jornal linkNew York Times. Mergenthaler viu na frase espontânea um óptimo nome para uma empresa; e com a marca Mergenthaler Linotype começou em Nova Iorque a produção em série da máquina por ele inventada.

Ottmar Mergenthaler

Ottmar Mergenthaler nasceu na aldeia de Ensingen, Alemanha, em 11 de maio de 1854. Ottmar queria ser engenheiro, mas foi ser aprendiz de relojoeiro, e com 14 anos, já era um perito na profissão.

Teria completado os quatro anos de aprendizado, não fosse a inquietação política da Alemanha em 1871, logo após a guerra Franco-Prussiana.

Sabendo que dentro de um ano seria convocado para o serviço militar, e como tinha pouca inclinação para o militarismo, pediu permissão e viajou para a América, para Washington D.C, em 26 de outubro de 1872, onde um primo seu, August Hahl, que também havia financiado a sua viagem, possuía uma loja que manufaturava instrumentos de precisão e, aos dezessete anos Mergenthaler tornou-se seus assistente.

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Em 1887 aperfeiçoou a tecnologia, para conquistar primeiro os Estados Unidos, e depois o mundo inteiro.

A marca Linotype seria em breve sinónimo de «tipografia e composição» – e duma empresa a vender a nível mundial. A Linotype produzia impressos a baixo custo, intensificando a «informação» das massas.

 

Na tipografia tradicional o texto era composto à mão, juntando tipos móveis um por um. Com uma máquina Linotype, equipada com chumbo em ponto líquido, era possível compor uma linha inteira de texto; esta, assim que batida no teclado da máquina, era imediatamente fundida e integrada na composição de colunas e de páginas.

A produtividade aumentou na proporção que um operador de Linotype podia compor o equivalente a sete ou oito compositores manuais!

 

Não admira pois que estes monstruosos compositores semi-automáticos, com o peso de toneladas, fossem um enorme sucesso de vendas. Sucesso para os industriais, morte lenta para os operadores. Os vapores do chumbo líquido cau­sam envenenamentos graduais; o chumbo será a fatal «doença do ofício» dos operadores.

Depois da Segunda Guerra Mundial, a empresa Linotype já não conseguiu afirmar a sua posição, pois teve de reorientar o seu negócio quando a composição mecânica foi ultrapassada, primeiro pela fotocomposição, e, escassos 20 anos depois, pela composição com fontes digitais.

A descendente, a Linotype Library GmbH, vende fontes digitais, entre elas muitos tipos «clássicos» indispensáveis para o trabalho diário do designer gráfico – uma parte significativa dos quais são herança da antiga empresa.

A Linotype Library GmbH acabou por ser comprada pela empresa Heidelberger Druckmaschinen AG; desde Agosto de 2006 faz parte do consórcio internacional Monotype Imaging.

Ottmar Mergenthaler morreu cedo demais para testemunhar o enorme impacto produzido pela sua máquina, ou para receber as homenagens como um do génios inventivos da sua era. Thomas Edison referiu-se à linótipo como a "Oitava Maravilha do Mundo".

A composição rápida de tipo a baixo custo, que se tornou possível através do invento de Mergenthaler, promoveu uma revolução no ramo de publicações e na educação. Anteriormente ao desenvolvimento da linótipo, os jornais e revistas eram escassos, finos e caros. Os livros didáticos, bastante dispendiosos, passavam de geração a geração.

Até o final de década de 1880, apenas 77 bibliotecas públicas, nos Estados Unidos, continham mais de 300 livros! Como resultado direto da linótipo, os horizontes da indústria de publicações expandiram-se muito além dos sonhos mais fantasiosos do próprio inventor.

Passados cerca de 15 anos da invenção e introdução da máquina de compor nas tipografias, só nos EUA tinham sido despedidos cerca de trinta e seis mil compositores manuais, por cada máquina adquirida ficavam dois sem trabalho.

A chamada grande Imprensa, com a linótipo, crescia em todo o mundo, os compositores manuais transferiram-se, gradualmente, para as máquinas. Nascia, assim, a especialidade de compositor mecânico, ou linotipista.

A Portugal, as linótipos chegam com o advento da República, ainda que muitas tipografias mantivessem a composição manual até à chegada da linkfotocomposição.

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