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A Litografia em Portugal e no Brasil

A introdução em Portugal e no Brasil

A introdução da Litografia em Portugal foi tardia, datando de 1823 o seu exercício e de 1824 o reconhecimento oficial da sua utilidade.

O artigo de Cândido José Xavier publicado nos Annaes das Sciencias, das Artes e das Lettras, de 1819 (vol.III) constitui a primeira notícia publicada em Portugal sobre a litografia.

Em 1822, Luís da Silva Mousinho de Albuquerque escreve na mesma revista sobre esta técnica gráfica — processo que havia estudado em Paris. Albuquerque enviou a Domingos Sequeira, em 1822, uma prensa e algumas pedras litográficas.

O pintor Domingos António de Sequeira foi o primeiro impressor litográfico português, estando algumas das suas obras à guarda do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

Em 1823, fugindo do provinciano meio cultural e artístico português, foi viver para Paris e aí aperfeiçoa a sua técnica de impressão litográfica.

A Oficina Regia

Em 1824, João VI, por decreto de 11 de Setembro, criou em Lisboa a Officina Régia Lithographica.

Em 1836, a Officina Régia deixa de ser estabelecimento autónomo e passa a denominar-se Officina Nacional Lithografica, subordinada à Academia de Belas Artes de Lisboa.

Entretanto, outras oficinas de impressão litográfica vão sendo criadas — como a da Academia Real das Ciências e a Litografia Santos que, em 1829, estava instalada no Largo do Conde Barão, em Lisboa. Mais tarde aparece a Litografia de Manuel Luiz, na Rua Nova dos Mártires, n.º 12 a 14.

O grande artista e publicista Raphael Bordallo Pinheiro (1846 – 1905), mestre da Litografia.


Brasil

Logo após ter sido introduzida em alguns dos mais avançados países da Europa, a França, em 1814, onde obteve imediato desenvolvimento, na Espanha (1819) e em Portugal (1824), a Litografia chegou ao Brasil com o trabalho pioneiro de Arnauld Julian Pallière.

Em 1819 os jornais do Rio de Janeiro publicavam anúncios alusivos ao processo e em 1825, o suíço Johann Jacob Steimann, era contratado pelo Imperador, que assim introduzia oficialmente a Litografia no país.

Nas décadas seguintes era cada vez maior o número de oficinas litográficas instaladas no Rio de Janeiro. Esses estabelecimentos atendiam a toda espécie de encomendas, executando estampas artísticas, marcas comerciais, planos de arquitectura, mapas, facturas, etc.

Vendiam também os materiais necessários à Litografia e alugavam as pedras litográficas aos artistas que trabalhavam em suas residências e ateliers. A formação de novos gravadores e litógrafos era feita nas próprias oficinas, embora constasse nos estatutos da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro.

As inúmeras estampas soltas, vistas panorâmicas, retratos e cartazes realizados não se enquadravam na categoria "Arte", uma vez que sua criação e execução - geralmente sob encomenda - tinham fins exclusivamente comerciais.

Na década de 1870, surgiram as pitorescas revistas ilustradas, cujas edições eram ansiosamente aguardadas pela população. Ilustradores notáveis e quase 250 impressores levam a Litografia a um pique extraordinário, fixando na pedra os flagrantes mais preciosos da vida brasileira.

Apesar desse entusiasmo, a Academia Imperial de Belas Artes mantinha-se distante do ensino da Gravura, que continuava sendo feita nas oficinas gráficas. A litografia declinou nas primeiras décadas do século XX, apesar se ser realizada pela Imprensa Nacional e outros estabelecimentos públicos até aproximadamente os anos 40.

A partir da segunda metade do século XX há um interesse crescente dos artistas brasileiros pela Litografia. Formam-se grupos pioneiros em todo o país. Prensas podiam ser encontradas em ferro-velhos, pedras litográficas revestindo paredes e pisos de jardins ou até em escadas residenciais.

Em 1969 a disciplina Litografia passa a integrar oficialmente a grade curricular do curso de Gravura na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Como orientador estava Ahmés de Paula Machado, um dos responsáveis pelo renascimento da Litografia no Brasil, função que exerceu até 1984. A partir daí, assume o Atelier de Litografia, o pintor e gravador Kazuo Iha.

O ano de 1972 marca a criação, no Rio de Janeiro, do Instituto de Belas Artes, actual Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Desde então a litografia, como linguagem artística, vem se expandindo por todo o Brasil, e temos como bons exemplos o Solar do Barão, em Curitiba, a Oficina Guaianases, entre outras.

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