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Fundição de tipos
Os primeiros tipos metálicos foram habilmente fabricados, peça por peça, pelo mestre ourives Gutenberg.Obter letras já não pela escrita a mão, mas estampadas por cunho de caracteres feitos em metal (uma liga de chumbo, estanho e antónimo) só foi possivel porque Gutenberg inventára um processo para fundir uma quantidade sem limite de letras a partir de moldes, a partir das letras-mãe, chamadas matrizes.O processo de fundição, em detalheA fabricação dos caracteres metálicos inventada por Johannes Gutenberg é uma cadeia de várias operações de mecânica de precisão, um processo moroso e difícil, que se desenvolvia em três fases distintas. I fase: gravar punçõesO corpo em relevo da letra era gravado na extremidade de um punção de aço, usando as ferramentas de precisão dos ourives; assim se obtinha o chamado patriz. Para a impressão da Bíblia de 42 linhas foram necessários 296 punções, para obter todos os glifos (letras, números, ligaduras, abreviações) usados para compor a obra. II fase: fazer as matrizes
III fase: a fundiçãoAs matrizes de cobre, inseridas num aparelho também da invenção de Gutenberg, tornam-se moldes. Estes moldes permitem a fundição de milhares de caracteres de imprensa. A partir do molde, o fundidor de tipos obtinha um caractere em relevo, réplica exacta da forma original que tinha gravado na ponta do punção. Só para a impressão da B-42, Gutenberg fundiu cerca de dois milhões de tipos! Os caixotins da caixa tipográficaOs tipos móveis, depois de fundidos, eram ordenados em caixas de madeira (mais tarde: gavetas de metal), convenientemente subdivididas, onde eram armazenados até ao momento da composição. Cada compartimento em que se divide a caixa tipográfica chama-se caixotim.
A seguir: a composição manual Continuação: A difusão da protipografia
BibliografiaHeitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006. |
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