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Maria Keil (1914- )Pintora, ilustradora, decoradora de interiores, designer de mobiliário, ceramista, cenógrafa e figurinista, autora de tapeçarias e de composições azulejares. Vive no Algarve, aposentada.Maria Keil nasceu em Silves. Frequentou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluna de Veloso Salgado. Em 1933 casou com o arquitecto Francisco Keil do Amaral. Acompanhou F. Keil do Amaral toda a vida, desde que casaram muito novos e viajaram juntos, começando por uma permanência em Paris quando F. Keil ganhou o Concurso para o Pavilhão de Portugal da Exposição Universal de Paris, de 1937. Fez pintura, sobretudo retratos; publicidade; tentativas de renovação da talha em madeira para móveis e desenho de móveis; decoração de interiores; cartões para tapeçarias (Hotel Estoril Sol, TAP de Nova Iorque, Copenhaga, Madrid, Casino Estoril, etc.); pinturas murais a fresco; cenários e figurinos para bailados; selos; azulejos (Metropolitano de Lisboa, Av. Infante Santo, TAP de Paris e Nova Iorque, União Eléctrica Portuguesa, Casino de Vilamoura, Aeroporto de Luanda, etc.). Ilustrou numerosas obras, nomeadamente livros para crianças. Fez desenhos para as colectâneas sobre Bernardim Ribeiro, Castro Alves, Olavo Bilac e Tomás António Gonzaga, integradas na colecção As mais belas poesias da língua portuguesa. Escreveu e ilustrou três livros para crianças e dois para adultos: O pau-de-fileira, Os presentes e As três maçãs; Árvores de domingo e Anjos do mal. Fez também ilustrações para revistas, nomeadamente Panorama, Seara Nova, Vértice, Ver e crer e Eva. As suas obras têm sido expostas em exposições, individuais e colectivas. Artista da segunda geração do movimento modernista, Maria Keil adoptou um traço figurativo, de pendor estilizado. Não admira, portanto, que cedo a ilustração e o grafismo a tenham atraído, e foram as artes da decoração e publicidade as espoletadoras de tal interesse. Casada com Keil do Amaral, autor do Pavilhão português na Exposição Internacional de Paris, de 1937, Maria esteve presente na montagem e decoração da estrutura. A decoração do Pavilhão constituiu, aliás, uma das mais notáveis realizações plásticas da década, internacionalmente reconhecida, e esteve a cargo de uma equipa constituída pelo suíço Fred Kradolfer, que a liderou, e por Bernardo Marques, José Rocha, Carlos Botelho, Tom, Emmerico Nunes e Paulo Ferreira. O convívio com estes orientou o percurso de Maria Keil que, tal como os seus colegas de geração, praticou a publicidade para o estúdio etp (Estúdio Técnico de Publicidade), fundado por José Rocha em 1936 e os anúncios que através da celebrada agência Maria desenhou para a espartilharia A Pompadour ficaram como obras referenciais do género nos anos 40. Chegado a Portugal em 1927, Kradolfer foi o verdadeiro mestre e mentor das artes da decoração e da publicidade para a «segunda geração» de artistas modernistas. Maria Keil reconhece o seu papel decisivo na matéria e, a par dele, das revistas estrangeiras que consultava, particularmente francesas, através das quais conheceu o trabalho de Cassandre, que muito admirou.
Linksstatic.publico.clix.pt/docs/imagens/mariakeil/ A Arte de Maria Keil. Exposição sobre a obra de Maria Keil ), artista multifacetada, ilustradora gráfica e autora de vários painéis de azulejos, para a cidade e para o Metropolitano de Lisboa. Maria Keil tem vindo a marcar a publicidade portuguesa desde a década de 1930 purl.pt/708/1/. . |
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