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de stijl na bauhaus

O golpe mais forte para a substituição da corrente expressionista na Bauhaus veio de fora, do artista holandês Theo van Doesburg, um dos co-fundadores do movimento vanguardista De Stijl.

«Mistura expressionista» é a ideia que as pessoas tinham da actividade bauhausiana. «Cada um fazia o que lhe apetecia. Muito longe de qualquer disciplina rígida». — assim as críticas de Doesburg.

Doesburg fundara o movimento De Stijl juntamente com Piet Mondrian em 1917.

Em Abril de 1921, Doesburg transferiu a sua residência para Weimar, pois esperava ser aqui contratado como professor. Em Fevereiro de 1922, Doesburg anunciava um novo curso De Stijl para jovens artistas.

A sua estada em Weimar, de 1921 a 1922, Doesburg enviou uma carta de solidariedade à Bauhaus, ameaçada politicamente, resumiu uma vez mais a sua anterior crítica à Bauhaus: a falta de um «princípio geral».

Um tal princípio geral começara, contudo, a desenvolver-se nesses anos. Nas aulas Gropius procurava um «denominador comum» da arquitectura; nos ateliers, as formas elementares e as cores primárias foram transformadas no ponto de partida do “design”.

As ideias professas na Bauhaus e as noções de Doesburg eram em parte idênticas, mas a crítica deste à Bauhaus e as claras formas construtivas dos produtos De Stijl provocaram e aceleraram, na altura, a viragem da Bauhaus para um novo estilo. A Bauhaus precisava da criar “formas típicas que simbolizassem o mundo exterior”, exigia Gropius em 1922.

Pouco depois começou com a propaganda insaciável de um novo slogan: “Arte e técnica, uma nova unidade”. Com isso deu ao trabalho da Bauhaus uma divisória totalmente nova, pois em 1919 dizia-se: “Arte e artesanato — uma nova unidade”.

Esta viragem que Gropius já tinha planeado antecipada e objectivamente e que começou a implantar gradualmente, tem uma importância capital na história da Bauhaus. Esta escolhia assim um campo de trabalho para o seu objectivo: “design” contemporâneo para a produção industrial, um campo pelo qual quase ninguém se tinha interessado antes.

Para aqueles que se tentavam adaptar à Idade da Máquina, a expressão Bauhaus depressa representou tudo o que era oposto à actividade artesanal e decorativa. O

que prova que em nenhuma fase da história, a Bauhaus foi um sistema rígido, mas sim um sistema sempre aberto a responder com flexibilidade às circunstâncias ocasionais e lições de experiências.

Estas reformas e a nomeação de Moholy marcam uma nova etapa na história da Bauhaus.

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