T I P O G R A F O S . N E T     by FreeFind

» Ínicio

» As nossas fontes digitais

» Workshops

» Cadernos Tipográficos

» Brasil ¦ » Portugal» Espanha

» Designers

» Tipos

» Como fazer fontes

» Directório de fundições

» Boas Práticas

» História da Tipografia

» Livros históricos

» Magazines

» Jornais

» Tecnologias

» Sistemas de Escrita

» Glossário

» Museus, Bibliotecas

E-BOOKS

LAYOUT, o e-book que ensina a paginar
Alfabetos, o e-book que descreve toda a Tipografia e Caligrafia
Tipos e fontes, o e-book que ensina Typeface Design
Design em Portugal documenta os primeiros cem anos: de 1870 a 1970.
Revistas para Clientes, o e-book sobre o Corporate Publishing

Megalitismo, o e-book sobre a Pé-Historia
Romanos na Península Ibérica, o e-book sobre a Cultura Romana

Fontes digitais — terminologia tipográfica

Digitalização e vectorização ¦ True Type ¦ OpenType ¦ Bitmap fonts ¦ ATM

O que é uma fonte?

Fonte (font, fount, inglês =fundido). O termo inglês font ou fount deriva de foundry, a fundição onde os tipos eram fundidos a partir de metal líquido.

«Fonte» designa um conjunto de glifos tipográficos, em dado peso e corte. Segundo o corte e o peso, uma fonte inclui glifos como as letras minúsculas e maiúsculas, versaletes, os sinais de pontuação, os algarismos, ligaduras, etc. Algumas fontes apenas incluiem parte destes glifos.

  • Um corte «Titling» poderá incluir apenas maiúsculas e versaletes;
  • um corte «Book» ou «Roman» irá incluir todos os glifos acima descritos.

Uma fonte tem caractéres desenhados com formas originais, supostamente diferentes das outras fontes. Se falamos de uma fonte tradicional, os caractéres são fornecidos em forma de tipos metálicos.

Muitas vezes, na nomenclatura das fontes é incluída uma sigla para designar a fundição de origem: ITC Tiffany, Adobe Garamond, BE Baskerville, Trebuchet MS, etc.

A combinação de fontes em vários styles, portanto de desenhos em vários cortes e pesos, dá origem a uma família de fontes.

A font refers to a complete set of glyphs in a specific typeface and style. And, in the case of bitmapped fonts, a specific size.
Família de fontes

[Tip] Conjunto de fontes baseadas no mesmo desenho, mas cujos membros variam em peso,  corte. Uma família de fontes pode incluir pesos Light, Book, Demi, Bold e Ultrabold. Pode incluir os cortes Regular, Small Caps e Italic. E pode ter formas  condensadas (Condensed) e expandidas (Extended).

Fontes digitais

Outline, o contorno

Uma fonte digital – o conteúdo de um ficheiro em formato TrueType, Open Type ou Type1 – é uma colecção de glifos.

Cada glifo é constituído por fórmulas matemáticas que definem curvas Bézier. Estas curvas determinam o outline (contorno), e definem de que maneira os glifos da fonte são impressos (printing) ou visualizados no monitor (rendering).

Outline
 

Digitalização e vectorização Topo páginaTopo

No universo das fontes digitais, abundam as de fraca e má qualidade. São fontes mal vectorizadas, com kerning defeituoso ou com a colecção de glifos incompleta: faltam os á, ó, ç, etc. No pior dos casos, acumulam todos estes defeitos. Essas fontes aparecem muitas vezes em formato TTF, são obra de amadores «jeitosos», e muitas até são grátis. Más prendas! Há características técnicas que são elemento-chave para garantir a qualidade de uma boa fonte digital.

O factor decisivo – e o mais crítico – na criação de uma fonte é a digitalização do desenho manual das letras. Uma tarefa cujo desempenho depende do conhecimento e da habilidade do técnico que faz a digitalização. Embora o autotracing seja um recurso eficaz para capturar um desenho feito em papel, é problemático se o contorno (outline) da fonte não for posteriormente cuidadosamente editado. Na fase final, no chamado fine tuning, o glifo poderá de ter de ser totalmente redesenhado, se necessário.

Para optimizar cada glifo, os contornos têm de ser digitalizados com precisão, mas sempre com o mínimo possível de pontos de ancoragem (anchor points) – os necessários, e não mais. Se os glifos forem definidos com pontos de ancoragem a menos, a fonte sairá tosca ou fracturada na impressão, especialmente se for impressa em tamanho grande ou em outputs de alta resolução.

Para apreciar a qualidade de digitalização de uma fonte, abra alguns glifos num programa de edição de fontes (Fontographer, Fontlab) ou converta em curvas alguns caracteres, usando um programa de ilustração como FreeHand, CorelDraw ou Illustrator. Se os caracteres aparecerem moldados por linhas suaves, sem quebras e sem passa­gens abruptas e com um mínimo de pontos de ancoragem (preferivelmente menos de 20 por caractere), pode assumir que – em termos técnicos –, a fonte foi correctamente digitalizada.

OpenTypeTopo páginaTopo

OpenType é um formato de fontes digitais, com tecnologia desenvolvida pela Adobe e pela Microsoft.

True TypeTopo páginaTopo

TrueType, o formato de fontes mais conhecido no mundo dos PCs, foi criado pela Apple – quem diria? Destinava-se a evitar os perfont royalty payments aos proprietários de outras tecnologias de fontes, e visava superar algumas limitações do Type1 da Adobe.

TrueType também foi concebido para integrar tecnologias de Hinting já existentes (permitindo paralelamente o desenvolvimento de soluções proprietárias). Assegurou assim a rápida conversão de fontes de outros formatos para TrueType. E o elevado grau de flexibilidade na implementação de hinting faz TrueType muito apto para desenhar novas fontes com boa visualização on screen.

A Microsoft andava à procura de um outline format para resolver problemas similares; a Apple acordou em licenciar o formato TrueType à Microsoft.

Quanto à própria Apple, já incluía «full True Type support» no Macintosh System 7, lançado em 1991. A Microsoft incluiu pela primeira vez tecnologia e fontes True­Type no Windows 3.1, lançado em 1992. Cooperando com a Mo­no­type, a Microsoft mandou realizar um horripilante «core set of fonts» com versões TrueType da Times New Roman, da Arial e da Courier. Tecnologicamente, o hinting funcionava bem; esteticamente, estas fontes de pobre qualidade eram pouco satisfatórias.

Pouco depois, a Microsoft redesenhou o TrueType Rasterizer e melhorou a sua performance. O Rasterizer 1.5 veio incluído em Windows NT 3.1. Com a versão NT 3.51 saiu a versão 1.66. Entre as novas possibilidades: o imprescindível font smoothing (suavizador de fontes, usando grayscale rasterization).

Mas só com a versão Windows 95 é que o Microsoft TrueType Engine «cresceu» para 32 bit, foi estabilizado e começou a mostrar um melhor desempenho. Contudo, a gestão de fontes do sistema operativo Windows continua sendo muito básica e portanto pouca satisfatória

Prefira o programa Adobe Type Manager para instalar, activar e desactivar fontes digitais.

Bitmap fontsTopo páginaTopo

Um bitmap font (ou bit-mapped font) é uma fonte definida por bitmaps. A imagem é uma matrizes de pixels para cada um dos glifo, e diferente para cada corpo específico. São fontes não escalonáveis.

Certas impressoras de agulhas (de pequeno formato) trabalham só com bitmap fonts.

Screen fonts também são bit-mapped fonts.

Comaparação

Comparação entre um outline font e um bitmap font

 

Hinting

O hinting designa instruções contidas numa fonte digital que servem para determinar como o rendering deve ser melhorado, de forma a ser correctamente apresentado no monitor de um PC, que na maior parte dos casos tem a baixa resolução de 72 ou 90 dpi.

Notes on Hinting with FontLab http://scripts.sil.org/cms/scripts/page.php?site_id=nrsi&item_id=NotesOnHintingWithFL#4f3e0ec6

ATM = Adobe Type Manager Topo páginaTopo

O ATM é um software para gestão de fontes, da empresa Adobe.

O ATM serve para agrupar as fontes em grupos, à discrição do utilizador.

(A tecnologia  Multiple Master é igualmente posta em função com o ATM).

Os serviços prestados pelo ATM são simples e eficientes: permite activar e desactivar as fontes necessárias para os trabalhos correntes e serve também para visualizar as fontes no monitor, graças ao ATM Rasterizer.

O ATM integra tecnologia antialiasing para melhorar a visualização das fontes no ecrã. O ATM permite a gestão simultânea de fontes  TrueType, PostScript e  OpenType

O feature que permite a produção de fontes à medida – possível graças à tecnologia Multiple Master da Adobe, é a função Create Multiple Masters.

Bibliografia
Layout, e-book da tipografos.net Paulo Heitlinger

LAYOUT é um e-book que ensina a paginar. Neste livro em formato digital são tratados os temas desta página e todos os outros assuntos relevantes para fazer uma óptima paginação de livros, jornais, newsletters, brochuras, etc.
Inúmeras dicas a nível estético e técnico fazem deste livro uma documentação única no universo dos livros profissionais escritos em Português ou em Espanhol. Por Paulo Heitlinger.

450 páginas em formato DIN A4, ao largo. Exclusivamente em formato e-book!

O primeiro manual prático escrito em português, sobre paginação, composição e Design editorial. Com muitos exemplos de jornais e revistas, nacionais e internacionais. Uma obra abrangente e informativa, guia elementar para estudantes, docentes e profissionais. Detalhes sobre o livro

Página actualizada em 11.2013

baixo

Topo páginaTopo página

Quer usar este texto em qualquer trabalho jornalístico, universitário ou científico? Escreva um email a Paulo Heitlinger.
copyright by algarvivo.com