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Universidade de Salamanca

As numerosas obras que saíram das oficinas salamantinas foram publicadas em duas oficinas (ambas anónimas), como podemos deduzir da análise dos tipos gótico rotundos usados.

António de Nebrija, um dos mais destacados humanistas da época, esteve vinculado à actividade editorial de Salamanca: as duas oficinas publicaram a maioria das suas obras; duas dessas obras serviram para identificar a actividade dos citados talleres anónimos.

A Oficina N.º 1 produziu mais de trinta edições, a maioria delas relacionadas com a actividade universitária; obras de temática variada, abrangendo a Gramática, Retórica, Teologia, Direito, Astronomia e os autores clássicos. Obras editadas em Latim, excepto algumas poucas publicadas em Castelhano.

A actividade da Oficina Nº 1 desenvolve-se de 1480 até 1492, iniciada com as Introductiones latinae, de Antonio Nebrija, e terminada com as Materiae Gramaticæ, de Fernando Nepos.

«Imprensa de la Gramática Castelhana» é a designação por vezes dada à segunda oficina salamantina (que, por ventura, será idêntica à primeira?); começou a operar em 1492 publicando a famosíssima Gramática Castelhana, de António de Nebrija. (Esta obra estabeleceu o padrão do idioma castelhano!)

As edições desta oficina totalizam 90, tanto em latim, como em castelhano. Entre estas estão a Crónica de García de Valera, a Coronación de Juan de Mena e os Proverbios de López de Mendoza, ademais de um importante número de obras do citado António de Nebrija.

Os caractéres góticos e romanos alternam-se, preferindo-se as Romanas para os textos latinos. Entre os gravados usados destacam-se: em 1493, o escudo dos Reyes Católicos e a alegoria da Astronomia aparecida na folha de titulo da Artis Grammaticae Praecepta; em 1497, edições de Prexano, Sebastián de Ota, Tito Livio e a versão castelhana da Fiammetta, de Boccacio; em 1498, dos gravuras cartográficas na edição de Pomponio Mela, e em 1499, numa nova edição do Luzero de la Vida Christiana, de Prexano, com um grande Calvário assinado por A. L. Antonio Centenera.

Este impressor trabalhou em Zamora de 1482 até 1492. A sua produção reduz-se a umas doze obras; contudo, está considerado ser um dos impressores mais característicos da imprensa incunabilística espanhola. Da sua oficina tipográfica saiu em 1483 Los doce trabajos de Hércules, de Enrique de Villena, obra que tem um lugar destacado na história do livro impresso espanhol. A maioria dos seus livros foram publicados em castelhano, e eram de autores castelhanos.

Destacam-se a Vita Christi per coplas, de Íñigo de Mendoza; Ordenanzas reales, de Díaz de Montalvo; Introductiones latinae, de Nebrija; Livro de los evangelios moralizados, de Juan López; Provervios, de Séneca; Tratado de la vida beata, de Lucena; Regimiento de Príncipes, de Gómez Manrique; Coplas de la Pasión, de Román, e Suma de casos de conciencia, de Bartolomé de S. Concordio.

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