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As letras dos Gregos, 2

Na geografia portuguesa, a letra grega aparece apenas no contexto da cultura paleocristã, de cunho bizantinico.

Letras gregas

Paleocristão é um termo que não designa um estilo, antes se refere a qualquer obra de arte executada por ou para cristãos nos primeiros cinco séculos da nossa era.

É a partir do século IV que a religião cristã se divulga na Península. Entre nós, só a partir do século VI são edificados templos paleocristãos que, pelas suas dimensões, variantes de plantas e qualidade do aparelho, revelam a importância do território. Entre eles são dignos de destaque Mértola, Torre de Palma e Dume.

Mértola - Basílica Paleocristã

O «Núcleo visigótico» do Museu de Mértola foi instalado no espaço de uma Basílica Paleocristã para dar a conhecer o período da primeira cristianização do Sul de Portugal. O núcleo expõe estruturas arquitectónicas e cerca de 30 lápides oriundas do cemitério alto-medieval de Mértola.

Apesar da concentração de vestígios romanos na vila de Mértola (Criptopórtico, Torre Couraça, casa romana e vias romanas), podem também encontrar-se vestígios de menor dimensão em todo o Concelho.

Com a adopção do Cristianismo pelos romanos, os cidadãos de Mértola acompanharam os sinais de mudança, facto testemunhado pelos vestígios arqueológicos representativos de locais de culto e enterramento na cidade (basílicas Paleocristãs do Rossio do Carmo e da Alcáçova onde se observa um baptistério octogonal).

São Martinho esteve directamente ligado à construção de um templo em Dume, perto de Braga, mandado erigir por Chararicus, rei dos Suevos. Segundo C.A.Ferreira de Almeida e de acordo com as escavações ainda em curso, trata-se de um mausoléu de planta centralizada, construído para albergar relíquias de santos, neste caso Martinho de Tours.

O próprio São Martinho terá participado na escolha da planta que seguiria o modelo oriental de cabeceira trilobada.

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